1.
Aborrecer-se à toa com os incidentes mais triviais, com os percalços mais
insignificantes do dia-a-dia.
2.
Alimentar questiúnculas, curtir complicações, cozinhar azedumes,
maldizendo a infeliz hora de ter nascido.
3.
Enconchar-se sobre si mesmo, no egoísmo, na intolerância de um coração
mesquinho, mais estreito do que ruela de bairro pobre, esquecido pela
prefeitura.
4.
Inventar toda a sorte de bodes expiatórios, responsáveis diretos por tudo
o que sai errado na vida da gente.
5. Ser
um eterno pessimista, levando o pessimismo aos outros também.
6.
Deixar invariavelmente para amanhã os bons propósitos: de criar juízo, de
revisar conceitos, de trocar o choro pelo riso, de podar defeitos, de acertar o
passo e marchar direito no desfile da vida.
7.
Imaginar perigos em toda parte. Temer ladrões em qualquer esquina. E
sentir-se derrotado em todas as linhas de batalha.
8.
Desinteressar-se pela evolução do mundo, pelas coisas novas, pelos
progressos da atualidade.
9. Não
possuir o mínimo de sensibilidade para adivinhar sofrimentos alheios e nunca
ter tempo para escutar que nos procura.
10.
Esmerar-se em criticar colegas, farejando defeitos, malhando
empreendimentos, apedrejando nomes, rasgando reputações.
(R. Schneider)
novotempo.com/amiltonmenezes
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