domingo, 2 de outubro de 2011

Dentistas explicam a melhor forma de escovação e dão dicas de pasta


Walter Tom e Priscila Faria falaram sobre saúde bucal nesta segunda.
Infectologista e consultor Caio Rosenthal também participou do programa.

Bem Estar

Do G1, em São Paulo
Um produto de uso diário, mas que muitas vezes representa um mistério para os consumidores: a pasta de dente. Para explicar os componentes dela, as diferenças entre creme e gel, como agem os clareadores e qual a quantidade ideal a cada escovação, o Bem Estar desta segunda-feira (19) convidou o periodontista (dentista especializado em doenças da gengiva) Walter Tom e a odontopediatra Priscila Faria.
Ao lado do infectologista Caio Rosenthal, eles falaram sobre as indicações de pasta para crianças e adultos e como manter a saúde bucal em dia, livre de cáries e tártaro.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, a melhor técnica de escovação é aquela em que a pessoa é capaz de remover a maior quantidade de placa bacteriana e resíduos alimentares sem provocar danos aos dentes e às gengivas, como desgaste, ferimentos ou retrações.
A cárie é formada por bactérias provocadas pela acidez dos alimentos, que descalcifica e corrói o esmalte do dente. Já a placa bacteriana ocorre por causa dos restos de alimentos em contato com a saliva e pode formar uma calcificação, ou seja, uma placa dura chamada tártaro. Se não for removido, ele pode causar inflamação e retração da gengiva, além de destruir o tecido ósseo que segura o dente, deixando-o mole.
O tártaro pode levar problemas periodontais e apenas o dentista consegue removê-lo. A formação varia entre os pacientes, pois depende da composição da saliva, que contém sais minerais, e dos tipos de bactérias que o indivíduo apresenta na boca.
Uma fábrica de pasta de dente produz cerca de 1,7 milhão de tubos por dia, ou quase 10 mil por hora. Os cremes dentais são classificados de duas diferentes formas, conforme o tipo de abrasivo (substância responsável pelo polimento dos dentes).
A primeira é à base de sílica e usada mais em géis. Uma função importante dela, além de conferir transparência ao produto, é "aprisionar" a água (função umectante), não a deixando livre para o crescimento de micro-organismos. Já a pasta à base "chalk” – que significa giz ou carbonato – é branco, o que dá a coloração do creme.
O flúor é um componente essencial para a proteção do esmalte dos dentes, prevenindo a perda de sais minerais, fator que possibilita a entrada de bactérias responsáveis pelas cáries. Crianças mais velhas, adolescentes e adultos, cujos dentes já estão plenamente formados, não correm risco de ter manchas brancas nos dentes (fluorose) em decorrência do flúor. Quando a criança ingere a substância em grande quantidade, podem surgir problemas gastroentestinais, náusea, vômito e diarreia. Por isso, é importante que os muito pequenos, que ainda não sabem cuspir, usem pastas sem flúor.
Crianças até 8 anos devem utilizar uma pequena quantidade de pasta, equivalente a um grão de arroz. Após essa idade, a quantidade é um pouco maior, equivalente a uma semente de azeitona ou um grão de ervilha. Esse cuidado com a quantidade reduz a ingestão de creme dental, uma vez que se trata de um fármaco, e não de um cosmético.
O ideal é passar o fio dental antes da escovação, para remover a placa e complementar a higienização bucal. Já o enxaguatório pode ser usado todos os dias, mas é bom alternar entre os com e sem álcool. Ele protege os dentes, remove placas e faz a limpeza da bochecha e da língua. O bochecho deve durar entre 30 segundos a 1 minuto.
É recomendável fazer um gargarejo para limpar a parte posterior da língua e as amígdalas. Crianças menores de 6 anos não devem fazer bochecho porque não conseguem cuspir o produto.


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